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CELEBRAÇÃO DO AMOR

Celebrar o amor. Não um amor barato. Não o amor sentimento. Celebrar o amor verdadeiro. O amor atitude. Sim, porque o amor é uma atitude positiva em relação ao outro e isto podemos ver espelhado nas vossas vidas. O verdadeiro amor exige esforço. Exige entrega. Como escreve Paulo, ele tudo suporta. Ele tem a capacidade de vencer as adversidades e com certeza que no decorrer destes cinquenta anos elas foram muitas. Estamos aqui celebrando o amor que perdoa. Sim, porque sem o perdão o amor não vence. Para ser amor, o verdadeiro amor, o perdão deve estar presente e na trajectória da vossa vida o perdão foi uma realidade presente. Estamos reunidos aqui com alegria, mas também com admiração. Estamos aqui celebrando o amor, mas também reconhecendo que tendes sido um exemplo para nós. Exemplo sim, pois num mundo que relativizou tudo, que banalizou as relações e a mídia valoriza as separações dos ditos famosos que mudam de relacionamento como quem muda de roupa, podemos olhar-vos e ver a fir

Silêncio

Introdução Diante de uma pessoa enlutada, o que devo fazer? O que eu posso dizer? Eis um grande desafio para quem deseja acompanhar as pessoas que estão em processo de luto. Todos nós num momento ou noutro teremos à nossa frente pessoas que estão a passar por situações de perda. É facto que muitas vezes em nossa ânsia de ajudar acabamos por dificultar mais o processo. Muitas vezes atrapalhamos e não ajudamos. Nosso tempo é marcado pelas mudanças rápidas. Tudo acontece numa velocidade alucinante. Não temos quase que tempo para desfrutar das coisas, pois surgem outras numa rapidez que, aquilo que pensávamos ser novo já ficou ultrapassado. Num mundo assim, queremos também que as pessoas trabalhem suas emoções e sentimentos da mesma maneira. Diante do dilema dos outros temos sempre algo a dizer. Neste sentido, lembro-me o que dizia o meu falecido pai quando estávamos a debater algum tema pessoal e ele virava-se e dizia: «é muito fácil eu viver a tua vida, difícil é viver a minha.» Ele esta

O QUÊ DEVE FAZER A PESSOA EM LUTO?

A morte de alguém que amamos é sempre dolorosa. Causa-nos tristeza, revolta-nos. Ficamos sem chão. Na realidade, a primeira coisa com que nos deparamos é a incredulidade. Não conseguimos imaginar que isto esteja nos acontecendo. Não dá para compreender que tal esta a suceder-nos. É também factual que há momentos que somos revestidos pela revolta e esta pode nos fazer tentar agredir as pessoas que estão perto, principalmente os trabalhadores da área da saúde. Há casos que a tristeza e dor são envolvidas num sentimento de alívio. Isto acontece porque a pessoa querida estava num estado de sofrimento muito grande ou então sofria de uma doença crónica. O luto é um processo que deve ser encarado. É necessário fazê-lo e procurar fazê-lo da melhor maneira possível para que a pessoa possa dar prosseguimento à sua vida, desfrutando dos novos desafios que aparecem à sua frente. Muito se tem falado sobre o luto e sobre o que fazer, mas creio que Worden foi quem desenvolveu muito bem o conceito das

POSSO CHORAR?

O luto é sempre doloroso. É uma experiência pessoal única e intransferível. É dolorosa, angustiante e produz imensa dor e sofrimento. Ele é uma experiência pessoal e é também uma experiência solitária. Ninguém pode viver o meu luto, por mais que amigos e familiares desejem dividi-lo, cada um vive o seu luto de maneira pessoal e intransferível. É lógico que, no processo do luto é bom ter pessoas por perto, mesmo que eu me mostre irritado, distante e sem interesse em nada e muitas vezes sem interesse em nada. “Tudo é tão pouco interessante, no entanto quero que os outros estejam ao meu redor. Tenho horror quando a casa está vazia. Ah, se eles conversassem uns com os outros e não comigo!” É bom que eles estejam aqui, mas a presença das pessoas não substitui a ausência do ser amado que já não se encontra aqui. É por este motivo que se define o luto como o preço que se paga por amar. A perda causa dor, manifesta sofrimento. Ela é vivida na integralidade do meu ser. Todo meu ser sofre. Não

LUTO

Este texto é resultado de uma palestra que realizei na turma do 8º ano, que é a turma da minha filha. Foi uma experiência maravilhosa. Espero e desejo que este pequeno texto possa elucidar algumas questões sobre a temática do luto. Luto Vamos falar sobre perdas. Elas fazem parte da nossa vida. Em tudo há momentos de vitórias e derrotas. Na vida ganhamos e perdemos. Vamos falar de desporto. Nossa equipa está a decidir o campeonato. Imaginemos que nós somos um dos atletas. É o momento decisivo e este depende de nós. É a última oportunidade que temos. Fazemos a jogada, falhamos e perdemos. Quais são os sentimentos que nos invadem? Como reagimos? Raiva Culpa Tristeza Dor Expressamos nossas emoções e sentimentos. Precisamos nos recompor e seguir adiante. Enfrentar o momento, deixar a raiva ou outro sentimento de lado e traçar o objectivo de seguir adiante com a vida. Este processo que vivemos é o nosso processo de luto. É sobre isto que vamos falar por uns momentos. O que é o luto? Como o d

OUSE SONHAR

O tempo não pára. Os anos passam e passam muito rápido. E quando faço uma análise da minha vida percebo que muitos dos meus sonhos ficaram pelo caminho. Alguns foram deixados de lado, outros foram destruídos e tive que juntar os cacos e continuar com a vida. É verdade, eu continuo um sonhador. Não abdico dos meus sonhos. Quero a utopia. Não abro mão da mudança, sou movido pela esperança e quero lutar pelo melhor. Sim, alimento a utopia dentro de mim. «Utopia não é o irrealizável, mas sim o que não foi realizado ainda.» Alimento em mim o desejo da realização e da mudança. Sou alimentado pelo sonho da transformação. Eu não desisto de sonhar. Mesmo tendo sonhos despedaçados. Os cacos, eu os guardo e procuro transformá-los. Sigo em frente, buscando a força para recuperar e continuar com a vida. É preciso saber que: «Cada decepção, cada rejeição, cada sonho que não se realiza deixa uma ferida na alma de uma pessoa. Adversidades mais sérias – divórcio, luto, infertilidade, doenças incapacita

Terra da alegria e nostalgia

Coimbra terra de encanto Terra de nostalgia Em ti há um belo canto Em ti há alegria Coimbra terra da alegria Dos estudantes em festas Da canção e poesia Dos acordes belos de tuas guitarras Tu és toda bela Cheia de Esplendor Qual uma donzela Inspiras canções de amor Coimbra cidade do conhecimento Terra onde os estudantes desfrutam igualdade Aqui caminham para o amadurecimento Aqui deixam saudade Coimbra cheia de beleza Terra da academia Encanto da natureza Terra da alegria e nostalgia

COIMBRA

Tu és terra do encanto Tu estás no centro És a beleza do meu canto Vives enraizada cá dentro. És a cidade dos estudantes Carregas em ti toda a tradição Que são regadas com saudades Reflectem toda nossa emoção. Em ti celebramos a latada Início da nossa jornada Despedimo-nos com a serenata Da cidade e mulher amada. Tu és cidade da esperança Tens a torre que chamamos cabra Não nos sais da lembrança Tu és a minha Coimbra

OBRIGADO POR ME OUVIR

Minha memória é musical. Eu necessito da música para poder recordar eventos. Preciso de música para reflectir. Tenho necessidade de ficar no meu canto quieto, quase que num processo de ruminação para buscar respostas às minhas perguntas e também para encontrar respostas aos dilemas que são apresentados por amigos ou outras pessoas. Estes dias, vi alguém desejando desabafar. Alguém que estava em sofrimento e não tinha ninguém que o ouvisse. Estive ponderando os porquês não se ter alguém para desabafar. Encontrei algumas respostas, mas não quis deixar de pensar nesta temática e lembrei-me da música de Sérgio Souto. Ele desabafa com um amigo. Os dois se encontram num bar e neste encontro há uma relação terapêutica. Há uma escuta activa. O sofredor mostra toda a sua realidade, como foi abandonado e diz que o que lhe resta são os amigos de bar. A mulher amada o deixou. Ele fala da sua tristeza e tem alguém para escutá-lo. A canção diz o seguinte: Falsa Alegria Sérgio Souto Puxa a cadeira e

QUERO SER COMO UMA CRIANÇA

Sou brasileiro, natural do Amazonas. No Brasil, hoje celebra-se o dia da criança. Aqui em Portugal é no dia 1 de Junho. É interessante pensar num dia assim. Quisera que todos os dias fossem dia da criança. Quisera que os adultos deixassem de ser tão adultos para poder viver como crianças. Não, não perdi a razão. Estou falando com muita razão, pois como afirmou Jostein Gaarder «o mundo ficou adulto demais». Como tal, perdeu a capacidade de se surpreender. A vida passou a ser uma mesmice e uma grande chatice. A rotina toma conta da vida e faz com que o ser humano perca a capacidade de se espantar e impressionar. Não quero o dia da criança. Quero que vivamos como crianças e deixemos de ser adultos. Deixemos as nossas picuinhas de lado. Abandonemos todo o orgulho e todo ressentimento. Quero de deixemos a mesmice e como crianças sejamos criativos. Inovemos e mesmo que tudo pareça o mesmo tenhamos a capacidade de sonhar com algo novo. Quero continuar criança e ser criança com a capacidade de

SEM MEDO DE SER FELIZ

O medo tem a capacidade nos paralisar. Ele mata os nossos sonhos. Tira-nos a resistência. Destrói a nossa alegria. Frustra-nos, não permite que vivamos tudo o que temos para viver. O medo é a grande muralha que se ergue. É a prisão que nos aliena das relações, da capacidade de ousar e criar. Ele mata-nos lentamente. Não permite que sigamos em frente. A verdade é que olho para minha própria vida e descubro que tenho medo. Ele paralisa-me. Faz com que eu me feche e não exponha as minhas ideias. Faz com que eu não viva com alegria. Ele me impede de amar e ser amado. Ele impede que eu seja tudo o que tenho que ser. Ele não permite que o amor flua em mim e através de mim até porque «o medo afasta o amor tão seguramente quanto o amor afasta o medo». Sendo assim, vou deixar que o amor prevaleça e rompa com o medo. Vou ousar seguir em frente. Não vou esconder meus temores, vou reconhecê-los, mas não me deixarei aprisionar por eles. Vou ter a coragem de enfrentá-los de confrontar-me com eles e

REENCONTRO

Quero viver a vida com alegria. Quero vivê-la com graça e em graça. Quero vivê-la junto das pessoas que se tornam importantes para mim. Entretanto, é preciso entender que, como disse o grande poeta «a vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro». Vinícius sabia do que falava, mas prefiro os reencontros aos desencontros. É verdade, na vida temos desencontros. É verdade que os caminhos se separam. Claro que há pessoas de quem nos despedimos e não as encontraremos novamente. Entretanto há outras que desejamos o reencontro. Estas foram uma marca positiva e por isso, nós viveremos à presença da ausência. As teremos connosco na lembrança. Há aquelas que nos acompanharão e nunca nos deixarão. Serão companheiros de jornada. Estas irão partilhar de todos os nossos momentos. Estas estarão sempre perto. Há pessoas que no percurso da vida, mesmo sendo tão importantes para nós, por uma ocasião ou outra os nossos caminhos se afastaram, nas nunca se tornaram paralelos. Eles fluíram, mas nu

O TEU ANIVERSÁRIO

Hoje é dia de festa. É dia de alegria. Hoje temos que celebrar e festejar. Festejar a tua presença na ausência. Precisamos celebrar com saudade e saudade nas palavras de Rubem Alves é: “A saudade é um buraco na alma que se abre quando um pedaço de nós é arrancado. No buraco da saudade mora a memória daquilo que amamos, tivemos e perdemos: presença de uma ausência.” É esta presença ausente que nos faz celebrar e celebrar a vida. Tenho que reconhecer o buraco existente. Tenho que reconhecer a falta que tu nos fazes. Tua sabedoria, teus conselhos, teu silêncio, mas acima de tudo tua intercessão constante por nós. Tua presença ausente me faz pensar na festa que seria. Tua alegria, aquele sorriso belo com os olhinhos fechados. Tu, qual criança desejando ver teus presentes. Dá para ver-te realizada com todos à tua volta, mas acima de tudo, todos ali para festejarem teu aniversário mas para também poder agradecer a Deus por tua vida. Hoje é dia de celebração. É dia de muita saudade. É dia de

SER POETA

O poeta é alguém especial. É alguém que usa palavras para construir um mundo muitas vezes bucólico, outras tantas, triste. É alguém que utiliza as experiências da vida como ferramenta. É uma pessoa que fala do amor e da dor. O poeta, muitas vezes transforma sua tristeza em contentamento para os outros. Sua alegria, seus sentimentos são inspiração aos demais. Como podemos definir o poeta? A poetiza portuguesa Florbela Espanca o definiu na poesia da seguinte maneira: Ser poeta Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Isto é ser