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Mensagens

A mostrar mensagens de junho 3, 2018

DOMANDO A FERA

Somos seres relacionais. Somos seres sociais e co-dependentes uns dos outros. O fato é que nos percebemos quando estamos diante uns dos outros. Nos humanizamos através da relação Eu-Tu. É onde nos percebemos enquanto seres humanos e iguais. Nossas relações são fundamentadas na reciprocidade. Como afirma Matin Buber: “As relações são realizações do Tu inato naquele que vem ao nosso encontro; que este, concebido como o que nos faceia, aceite como exclusivo, possa enfim ser solicitado com a palavra fundamental, tem seu alicerce no a priori da relação.” Somos seres relacionais e é assim que nos percebemos humanos. Somos seres relacionais e com vontade. E nos encontros, na relação é fundamental reciprocidade e respeito. Portanto, em nossas relações é essencial que aprendamos a arte da temperança ou do domínio-próprio. Nas nossas relações temos que aprender a dominarmo-nos e não ao outro. É fundamental que tenhamos temperança. Devemos ser pessoas com domínio-próprio. A ideia do grego p

O VAZIO DO BARULHO

Somos a sociedade do barulho. A sociedade das redes sociais. Contudo, somos também a sociedade mais individualista que existe. Vive-se relações virtuais. As comunidades são de rede, mas pouco se vive no mundo real, no cara a cara. As pessoas vivem fechadas umas para as outras. Estão agarradas aos seus celulares, com os fones nos ouvidos e não veem, nem escutam os que estão ao seu lado. Estamos marcados pelo vazio do barulho e pela solidão. Desaprendemos a estar na companhia uns dos outros e mais do que isto, desaprendemos a escutar uns aos outros. Nos tornamos ditadores e pensamos que somos os donos da verdade. Somos daqueles que desejam ser escutados, mas não temos paciência nenhuma para escutar os demais. O filósofo Zenão de Eleia dizia que “nos foram dadas duas orelhas, mas apenas uma boca”. Devemos escutar mais do que falar. Escutar numa sociedade barulhenta é um desafio. Escutar numa sociedade em que impera o vazio e que as pessoas estão trancadas na sua solidão é ainda mu

CUIDAR É AMAR

Cuidar é envolver-se na vida do outro. É caminhar ao lado dele. É tomar uma atitude positiva em relação ao outro. Cuidar é amar e quem ama cuida. O cuidado acontece no presente, no aqui e agora. O tempo do cuidado é hoje. Quem ama cuida e cuida porque sabe que há o momento da separação, mesmo que não gostemos de pensar sobre ele. Cuidar é amar e quem ama cuida e valoriza o outro, pois sabe que há um tempo de morrer. Cuidar nos remete para este momento. Nos faz ter consciência da brevidade da vida. Portanto, “é o momento em que cada um tomou ou começa a tomar consciência de que o facto está próximo, a separação é inevitável, mas em que nada foi ainda dito ou expresso sobre o assunto.” Quem cuida ama e quem ama cuida e por cuidar vê o outro e vê como pessoa. Quem cuida e vê, é alguém que tomou consciência de que: “Não há nada pior do que não existir aos olhos de alguém. O ódio e a rejeição são mais fáceis de suportar se, pelo menos, estiver subentendido que o “tu” existe.” Quem a