Escrever
é muito mais que contar história. É muito mais do que jogar conversar fora.
Escrever
é dialogar. É abster-se do mundo, da confusão exterior e viajar para dentro de
si mesmo. É viajar no seu mundo interior. Escrever é encontrar-se consigo mesmo
e deste diálogo silencioso consigo próprio, que surgirá a poesia, o conto, a
crónica, a história, o romance.
Escrever
é dar de si aos outros. É viver o sonho a fantasia. É promover alegria,
tristeza aos outros. É criar um mundo para que os demais possam descortinar e
viajar, descortinando-o e aventurando-se por ele.
Escrever
é criar história e fazer estórias. É dialogar com todos, sem que ninguém
dialogue consigo. É conviver e viver com tantos, mesmo que todos simplesmente
nem o conheçam.
Escrever
é invadir a história dos outros. É dar-lhes alegria e esperança.
Escrever
é promover o sonho. É gerar a fantasia, a alegria e muitas vezes deixar os
demais completamente atónitos e sem palavras por causa das palavras, outras
ficam revoltados e entristecidos pelo que lêem.
Escrever
é descrever. É detalhar um mundo que é só seu, mas que através da escrita
torna-se de todos.
Escrever
é sair de si, manifestando o resultado do diálogo que foi realizado consigo
mesmo. É dar-se, entregando-se sem reservas, descortinando seus sonhos e
fantasias.
Escrever
é dialogar com o mundo, é dizer que há mundos que podem ser vividos e
explorados.
Escrever
é exercer a criatividade. É transformar sonhos em realidade. É transformar
tristeza em alegria.
Escrever
é uma arte. É a arte da vida. Do diálogo consigo e com o outro, mas acima de
tudo, escrever é a arte de viver o sonho e fantasia. Viver os amores
impossíveis. Penetrar mundos impenetráveis, viajar sem sair do lugar.
Escrever
é encontrar-se com pessoas. Conhecê-las e influenciá-las. É criar
relacionamentos e intensifica-los, fazer com que o seu mundo interior seja
projectado através dos personagens criados. É transformar frustrações em
realizações. É fazer com que o amor impossível torne-se o mais lindo dos
romances.
Escrever
é invadir o seu interior. É resgar-se e trazer a lume, todo o diálogo, todos
os anseios, devaneios, alegrias e tristezas para fora.
É
projectar a vida e se ela assim não pode ser vivida, resta o desabafo da
escrita, porque no final de tudo, escrever é desabafar e dizer apenas o que se
deseja.
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