Há um texto magnífico no livro de Provérbios que diz o seguinte: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17.17). Foi no momento da angústia que eu e minha família percebemos aqueles que se fazem irmãos. Decidi que devia ir ao Brasil para estar com o meu pai. Descobri que meu passaporte estava vencido. Teria que tirar outro e o tempo exigido pelo Consulado do Brasil para a entrega de um novo era demorado. Minha irmã falou com uma amiga no ministério das relações exteriores que por sua vez falou com a Cônsul do Brasil no Porto e esta nos ajudou e recebemos o nosso passaporte no mesmo dia. Minha irmã pôde ver que no seu momento de angústia teve uma amiga que se fez irmã.
Falei com a igreja que sirvo como pastor e esta prontamente apoiou-me e permitiu que eu fosse ver meu pai. Para ir ao Porto aproveitei o feriado do dia 1 de Maio e sendo assim, passamos o dia na casa da família Baptista, amigos chegados e irmãos queridos. No dia seguinte pela manhã nos dirigimos até o Consulado do Brasil e tratamos de tudo. A família Baptista nos apoio e ajudou em tudo.
Um casal querido da igreja se prontificou para levar-me até Lisboa, mas preferi ir de autocarro (Ônibus), mas eles fizeram questão de vir me buscar em casa para levar-me até a rodoviária. Neste processo todo, também recebo uma chamada de um amigo que disponibiliza ajuda financeira, caso fosse necessário. A igreja e todos estes irmãos na fé, na hora da angústia se tornaram irmãos.
Viajei tranquilo pois minha família ficou segura. Os irmãos cuidaram deles com afecto e carinho. A família Teotónio adoptou-os e com o amor que o Senhor tem concedido, pacientemente vinham todos os dias pegar meus filhos e Lílian para levá-los até a escola. Que demonstração de amor e que família nós ganhamos.
A viagem para o Brasil foi excelente. Chego em Brasília e no aeroporto está à minha espera meu cunhado e minha irmã Mirza, que tinha vindo de Vitória para seguirmos junto com Miriam para Manaus. Fomos até a casa da Miriam e quando ela saiu do seu trabalho seguimos para o aeroporto. O voo estava marcado para as 21.30, mas atrasou e chegamos em Manaus por volta de meia-noite. Nesta tarde, papai foi induzido ao coma. Situação da qual não saiu.
Logo pela manhã seguimos para o hospital. Moysés nos levou até lá. Quando chego ao hospital vejo o meu querido amigo pastor Veloso com o pastor Teodoro à minha espera. Que coisa boa! Entramos para ver papai. Falei com ele e li um texto para ele. Oramos juntos e foi algo extraordinário. Eu e Miriam falamos com o médico que nos informou do quadro de papai. Saímos e regressamos para casa. O nosso coração estava apertado, triste, mas gratos a Deus pela oportunidade de estarmos ali a viver aqueles momentos juntamente com o nosso querido irmão Moysés que durante os últimos anos tinha assumido o papai.
Nossa estadia em Manaus é um tempo de reencontro familiar. Fazia 15 anos que nós quatro não estávamos juntos. Foi tempo também de reencontro. Poder olhar e reflectir em tudo o que os nossos pais fizeram por nós. Foi tempo de gratidão e renovação, pois vimos que nada pode abalar a nossa relação.
Minha viagem só foi possível por causa do grande amor do pastor Wagner de seu irmão Daniel juntamente com o Roberto que patrocinaram-me a passagem para que eu pudesse ter este tempo com meu pai e meus irmãos. Estes amigos queridos, na minha angústia tornaram-se irmãos e como louvo a Deus por eles.
Solidariedade não teve início na Polónia. Ele teve seu início em Deus e o povo de Deus é o povo mais solidário que existe. Não estou a ser teórico. Estou a ser verdadeiro, pois eu vivi isto. Eu senti esta solidariedade em minha própria vida. Eu a vivi com os irmãos em Portugal e no Brasil.
Nossos pais tiveram quatro filhos. Somos quatro irmãos de sangue, mas na hora da nossa angústia aqueles a quem temos amado no decorrer da nossa existência se tornaram nossos irmãos e nós louvamos a Deus por isso.
A dor é sempre dor, mas quando temos irmãos que nos concedem um ombro amigo, ela torna-se mais fácil de suportar. Sendo assim, a nossa dor foi aliviada pelos muitos irmãos que ganhamos e pela solidariedade que eles nos demonstraram.
Muito obrigado meus amigos-irmãos por serem tão solidários e amorosos.
Falei com a igreja que sirvo como pastor e esta prontamente apoiou-me e permitiu que eu fosse ver meu pai. Para ir ao Porto aproveitei o feriado do dia 1 de Maio e sendo assim, passamos o dia na casa da família Baptista, amigos chegados e irmãos queridos. No dia seguinte pela manhã nos dirigimos até o Consulado do Brasil e tratamos de tudo. A família Baptista nos apoio e ajudou em tudo.
Um casal querido da igreja se prontificou para levar-me até Lisboa, mas preferi ir de autocarro (Ônibus), mas eles fizeram questão de vir me buscar em casa para levar-me até a rodoviária. Neste processo todo, também recebo uma chamada de um amigo que disponibiliza ajuda financeira, caso fosse necessário. A igreja e todos estes irmãos na fé, na hora da angústia se tornaram irmãos.
Viajei tranquilo pois minha família ficou segura. Os irmãos cuidaram deles com afecto e carinho. A família Teotónio adoptou-os e com o amor que o Senhor tem concedido, pacientemente vinham todos os dias pegar meus filhos e Lílian para levá-los até a escola. Que demonstração de amor e que família nós ganhamos.
A viagem para o Brasil foi excelente. Chego em Brasília e no aeroporto está à minha espera meu cunhado e minha irmã Mirza, que tinha vindo de Vitória para seguirmos junto com Miriam para Manaus. Fomos até a casa da Miriam e quando ela saiu do seu trabalho seguimos para o aeroporto. O voo estava marcado para as 21.30, mas atrasou e chegamos em Manaus por volta de meia-noite. Nesta tarde, papai foi induzido ao coma. Situação da qual não saiu.
Logo pela manhã seguimos para o hospital. Moysés nos levou até lá. Quando chego ao hospital vejo o meu querido amigo pastor Veloso com o pastor Teodoro à minha espera. Que coisa boa! Entramos para ver papai. Falei com ele e li um texto para ele. Oramos juntos e foi algo extraordinário. Eu e Miriam falamos com o médico que nos informou do quadro de papai. Saímos e regressamos para casa. O nosso coração estava apertado, triste, mas gratos a Deus pela oportunidade de estarmos ali a viver aqueles momentos juntamente com o nosso querido irmão Moysés que durante os últimos anos tinha assumido o papai.
Nossa estadia em Manaus é um tempo de reencontro familiar. Fazia 15 anos que nós quatro não estávamos juntos. Foi tempo também de reencontro. Poder olhar e reflectir em tudo o que os nossos pais fizeram por nós. Foi tempo de gratidão e renovação, pois vimos que nada pode abalar a nossa relação.
Minha viagem só foi possível por causa do grande amor do pastor Wagner de seu irmão Daniel juntamente com o Roberto que patrocinaram-me a passagem para que eu pudesse ter este tempo com meu pai e meus irmãos. Estes amigos queridos, na minha angústia tornaram-se irmãos e como louvo a Deus por eles.
Solidariedade não teve início na Polónia. Ele teve seu início em Deus e o povo de Deus é o povo mais solidário que existe. Não estou a ser teórico. Estou a ser verdadeiro, pois eu vivi isto. Eu senti esta solidariedade em minha própria vida. Eu a vivi com os irmãos em Portugal e no Brasil.
Nossos pais tiveram quatro filhos. Somos quatro irmãos de sangue, mas na hora da nossa angústia aqueles a quem temos amado no decorrer da nossa existência se tornaram nossos irmãos e nós louvamos a Deus por isso.
A dor é sempre dor, mas quando temos irmãos que nos concedem um ombro amigo, ela torna-se mais fácil de suportar. Sendo assim, a nossa dor foi aliviada pelos muitos irmãos que ganhamos e pela solidariedade que eles nos demonstraram.
Muito obrigado meus amigos-irmãos por serem tão solidários e amorosos.
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