As
aparências enganam e enganam as aparências. Nem tudo é o que parece ser e
muitas vezes o que não vemos e valorizamos é o que realmente é. Na verdade nem
tudo o que vemos é e nem tudo o que é vemos.
Vivemos
fundamentados na imagem. Somos da época do ter e do prazer.
Valoriza-se
o que se vê e não o ser. Valoriza-se a imagem. Vivemos numa época que
valorizamos o que vemos e não o que somos. Sendo assim, o que conta é aparecer
e aparecer bem. O que vale em nossos dias é a imagem, a máscara que utilizamos
e não a essência do que somos.
Vivemos dias
nos quais o que se valoriza é o que os olhos vêem. A imagem é que conta e é através
dela, enganamos e vendemos uma realidade que não é. O importante é parecer bem.
Ter aspecto de que se é bom e vender uma imagem do que não se é e depois manter
a farsa até quando for possível mantê-la.
Hoje não se
olha mais para o ser. O que se vê e busca é o prazer e o ter. Sendo assim, o
mais importante é manter uma boa aparência, deixar que os outros pensem o
melhor sobre nós, mesmo que saibamos que isto não é verdade. Dentro desta
perspectiva, vive-se a mentira como verdade e há aqueles que crêem piamente na
verdade que contam para os outros, mesmo fazendo tudo ao contrário, mas tentam
fazer com que a mentira seja a verdade e fazem da verdade a mentira porque
desejam apenas viver uma aparência.
As
aparências enganam e enganam as aparências. Não basta parecer uma pessoa de fé
é preciso ter uma vivência de fé. Não basta parecer uma pessoa que vive a
realidade da igreja, mas que a prática deixa a desejar. Não basta viver uma
religiosidade vazia é preciso ser igreja na essência.
As
aparências enganam e o pior é quando no dia-a-dia se tenta fazer dessa a
aparência a verdade, mas o que se faz as escondidas e quando os que se
preocupam connosco não estão perto demonstra o que vai dentro de nós e o que
somos realmente.
Aparências,
mera ilusão e projecção do que não somos. Maquiagem que massajei-a o ego, que
faz com que diante dos outros sejamos tidos como boas pessoas. Entretanto, nós
diante de nós próprios, muitas vezes não temos a coragem de viajar em nosso ser
justamente para não vermos o quão maus somos e o quanto enganamos os outros. É
fundamental parar, aquietar-se e olhar para dentro de si mesmo e deixar em
primeiro lugar de enganar-se a si mesmo e ver-se como na realidade é. Exige-se
honestidade e que esta faça com que a máscara caia e assim possamos assumir o
que somos diante de nós próprios e dos demais.
As
aparências enganam e enganam as aparências. Elas permitem-nos viver momentos de
prazer e alegria, mas a realidade é que diante da verdade e diante daquilo que
somos, sofremos e sofremos porque criamos um mundo de sonhos e fantasia.
Como todo
ser humano, eu também, de uma forma ou outra tento parecer e aparecer. De uma
maneira ou de outra, muitas vezes sem me dar conta utilizo máscaras também. A
verdade é que não pretendo enganar ninguém, apenas me engano. Projecto o que
não sou e por fazê-lo fracasso e no meu fracasso entristeço a muitos e sofro
muito mais.
As
aparências enganam e enganam as aparências, por este motivo; quero assumir as
minhas falhasse debilidades. Quero reconhecer que sou o mais incapaz dos
incapazes. Não sou o que pensam que sou e sei que sou apenas um ser humano
cheio de falhas que luta na vida e pela vida para ter a visão correcta de si
mesmo, sem querer ser mais do que deve ser.
As aparências enganam e enganam as aparências, por
este motivo, com a consciência tranquila e sem querer por uma máscara e muito
menos maquiar minha situação eu assumo que não quero viver de aparências e digo
para todos que sou apenas um pecador redimido por Cristo Jesus, Aquele que foi,
que é e sempre será autêntico.
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