Eldorado é lugar de sonhos. É o lugar onde todas as tragédias e tristezas tornar-se-ão em alegrias. É por este motivo que encontramos muitas pessoas, em todas as partes do mundo a deixarem sua terra natal em busca do seu Eldorado.
O meu caminho foi o contrário. Eu deixei o Eldorado e fui em busca de outras terras. Eu vivia no Eldorado. Era o nome do conjunto residencial onde vivíamos. Ali eu cresci. Foi no Eldorado que experimentei as minhas primeiras alegrias e tristezas. O lugar de sonhos para mim também foi lugar de pesadelo.
É engraçado olhar para trás e ver que foi naquele pequeno canto de terra que descobri tantas coisas boas e tantas coisas más. Foi ali que me apaixonei perdidamente na adolescência e jurei amor eterno. Amor que na realidade, foi sempre platónico e nunca se tornou uma realidade. Um dia ele acabou, pois a mulher amada encontrou alguém com quem se relacionar. Sofri a dor dos que perdem um grande amor. Contudo, sobrevivi e outros relacionamentos surgiram.
Foi ali que descobri os prazeres da vida. Ali descobri que os prazeres que nos foram concedidos por Deus, quando não são bem geridos por nós acabam por nos prejudicar. Foi lá que eu causei grandes dores à minha mãe e ao meu pai. Foi lá que iniciei minha vida dupla. Em casa era alguém normal, moralmente conservador e fora era o mais liberal de todos. Para mim era proibido proibir.
No Eldorado eu descobri o que é ser amigo. Descobri também que existem aqueles que estão a caminhar connosco, mas são oportunistas que estão apenas querendo levar vantagens sobre determinadas situações e momentos. Vi que os homens podem ser grandes sanguessugas. São verdadeiros parasitas que ficam ali a tirar tudo o que podem de nós. Eu também fiz isso. Usei e fui usado. Machuquei e fui machucado.
Lá no Eldorado fui feliz. Ali desfrutei da amizade da minha família. Ali chorei a perda da minha mãe. Foi lá que o meu filho deu seus primeiros passos. Foi lá que minha vida foi transformada e tive que enfrentar as maiores batalhas que um dia pude imaginar.
O Eldorado foi para mim luz e trevas. Alegria e tristeza. Dor e contentamento. Morte e ressurreição. Ali morreu o velho Marcos que era escravo da carne e ressurgiu o novo Marcos livre que ama a vida e o prazer da vida. Foi no Eldorado que eu descobri que Deus não é um carrasco, mas que deseja que nós tenhamos prazer e vivamos uma vida plena.
O Eldorado para mim é muito mais do que um lugar de realização e concretização de um sonho. É o lugar onde vivi e vi que a vida é para ser vivida com intensidade e sabedoria. Se não fazemos as opções certas acabamos escravos de nós mesmos. O que deveria nos dar prazer torna-se nosso senhor. A bebida passa nos dominar. A comida passa a ser algo compulsivo. É como afirma Philip Yancey: “É natural que num mundo distanciado de Deus, até mesmo as coisas boas devem ser tratadas com cuidado, como se fossem explosivos. Perdemos a imaculada inocência do Éden, e todo o Bem representa também um risco, possuindo dentro de si potencial para o abuso. Comer se transforma em glutonaria, o amor se torna desejo e, durante o processo, perdemos de vista Aquele que nos deu o prazer. Os antigos transformavam as coisas em ídolos; nós modernos, chamamo-las “vícios”.” Foi lá no Eldorado que eu vivi os vícios todos e também fui liberto pelo Criador para poder desfrutar livremente de tudo o que Ele preparou para que eu possa viver com alegria e prazer sem me tornar um viciado.
Eu deixei o Eldorado. Dali sai com muita tristeza. Tenho saudades dos amigos que lá deixei. Tenho saudades dos momentos alegres que ali vivi. Tenho vergonha das loucuras que ali cometi. Deixei o Eldorado e já não tenho como voltar para lá. A casa em que fui criado e que depois vivi com a minha esposa já não nos pertence mais. Hoje o Eldorado é uma lembrança, uma página virada que, de quando em vez, eu insistentemente abro-a para lembrar que se hoje sou o que sou, é simplesmente pela graça e misericórdia do Criador.
Eu deixei o Eldorado. Sai em busca de novas aventuras. Sai na busca do prazer. Sou livre e não preciso de um lugar de sonhos para me realizar. Não necessito mais de aventuras para sentir-me vivo. Sou feliz e vivo feliz, pois sei que sou amado pelo Criador. Sou amado pela minha esposa e pelos meus filhos. Sou feliz e esta felicidade projecta-se de mim para os outros. Eu amo e entrego-me em amor e por isso, recebo amor das pessoas.Já faz tempo que sai do Eldorado, mas hoje compreendo que na realidade o melhor Eldorado que pode existir é o ser humano. É com ele que eu quero me encontrar e estar. Hoje, mas que nunca eu quero ser Eldorado na vida daqueles que se aproximarem de mim e quero que eles sejam Eldorado para mim também.
O meu caminho foi o contrário. Eu deixei o Eldorado e fui em busca de outras terras. Eu vivia no Eldorado. Era o nome do conjunto residencial onde vivíamos. Ali eu cresci. Foi no Eldorado que experimentei as minhas primeiras alegrias e tristezas. O lugar de sonhos para mim também foi lugar de pesadelo.
É engraçado olhar para trás e ver que foi naquele pequeno canto de terra que descobri tantas coisas boas e tantas coisas más. Foi ali que me apaixonei perdidamente na adolescência e jurei amor eterno. Amor que na realidade, foi sempre platónico e nunca se tornou uma realidade. Um dia ele acabou, pois a mulher amada encontrou alguém com quem se relacionar. Sofri a dor dos que perdem um grande amor. Contudo, sobrevivi e outros relacionamentos surgiram.
Foi ali que descobri os prazeres da vida. Ali descobri que os prazeres que nos foram concedidos por Deus, quando não são bem geridos por nós acabam por nos prejudicar. Foi lá que eu causei grandes dores à minha mãe e ao meu pai. Foi lá que iniciei minha vida dupla. Em casa era alguém normal, moralmente conservador e fora era o mais liberal de todos. Para mim era proibido proibir.
No Eldorado eu descobri o que é ser amigo. Descobri também que existem aqueles que estão a caminhar connosco, mas são oportunistas que estão apenas querendo levar vantagens sobre determinadas situações e momentos. Vi que os homens podem ser grandes sanguessugas. São verdadeiros parasitas que ficam ali a tirar tudo o que podem de nós. Eu também fiz isso. Usei e fui usado. Machuquei e fui machucado.
Lá no Eldorado fui feliz. Ali desfrutei da amizade da minha família. Ali chorei a perda da minha mãe. Foi lá que o meu filho deu seus primeiros passos. Foi lá que minha vida foi transformada e tive que enfrentar as maiores batalhas que um dia pude imaginar.
O Eldorado foi para mim luz e trevas. Alegria e tristeza. Dor e contentamento. Morte e ressurreição. Ali morreu o velho Marcos que era escravo da carne e ressurgiu o novo Marcos livre que ama a vida e o prazer da vida. Foi no Eldorado que eu descobri que Deus não é um carrasco, mas que deseja que nós tenhamos prazer e vivamos uma vida plena.
O Eldorado para mim é muito mais do que um lugar de realização e concretização de um sonho. É o lugar onde vivi e vi que a vida é para ser vivida com intensidade e sabedoria. Se não fazemos as opções certas acabamos escravos de nós mesmos. O que deveria nos dar prazer torna-se nosso senhor. A bebida passa nos dominar. A comida passa a ser algo compulsivo. É como afirma Philip Yancey: “É natural que num mundo distanciado de Deus, até mesmo as coisas boas devem ser tratadas com cuidado, como se fossem explosivos. Perdemos a imaculada inocência do Éden, e todo o Bem representa também um risco, possuindo dentro de si potencial para o abuso. Comer se transforma em glutonaria, o amor se torna desejo e, durante o processo, perdemos de vista Aquele que nos deu o prazer. Os antigos transformavam as coisas em ídolos; nós modernos, chamamo-las “vícios”.” Foi lá no Eldorado que eu vivi os vícios todos e também fui liberto pelo Criador para poder desfrutar livremente de tudo o que Ele preparou para que eu possa viver com alegria e prazer sem me tornar um viciado.
Eu deixei o Eldorado. Dali sai com muita tristeza. Tenho saudades dos amigos que lá deixei. Tenho saudades dos momentos alegres que ali vivi. Tenho vergonha das loucuras que ali cometi. Deixei o Eldorado e já não tenho como voltar para lá. A casa em que fui criado e que depois vivi com a minha esposa já não nos pertence mais. Hoje o Eldorado é uma lembrança, uma página virada que, de quando em vez, eu insistentemente abro-a para lembrar que se hoje sou o que sou, é simplesmente pela graça e misericórdia do Criador.
Eu deixei o Eldorado. Sai em busca de novas aventuras. Sai na busca do prazer. Sou livre e não preciso de um lugar de sonhos para me realizar. Não necessito mais de aventuras para sentir-me vivo. Sou feliz e vivo feliz, pois sei que sou amado pelo Criador. Sou amado pela minha esposa e pelos meus filhos. Sou feliz e esta felicidade projecta-se de mim para os outros. Eu amo e entrego-me em amor e por isso, recebo amor das pessoas.Já faz tempo que sai do Eldorado, mas hoje compreendo que na realidade o melhor Eldorado que pode existir é o ser humano. É com ele que eu quero me encontrar e estar. Hoje, mas que nunca eu quero ser Eldorado na vida daqueles que se aproximarem de mim e quero que eles sejam Eldorado para mim também.
Comentários
Belíssima meditação sobre o Eldorado.
Belíssima colocação sobre a "ageograficidade" do Eldorado, na vida de quem tem Cristo.
Parabéns, grande Pastor Marcos.
Seu conservo
Wagner Antonio de Araújo
Foi uma grata surpresa clicar seu nome na internet e encontra-lo aqui neste Blogger, feliz e com sua linda família. Não sei se lembra de mim, sou a Márcia Cristina amiga da Sônia Agra lá de Manaus e continuo morando em Brasília. Gostaria de saber mais notícias de vocês.
Meu e-mail de contato é mcmonteiro18@globo.com
Feliz 2009!
Com grande apreço,
Márcia.